A pobreza envergonhada, ou seja pessoas que tiveram no passado um estilo de vida elevado e perderam o nível de vida devido ao desemprego ou outro problema, é uma das causas do aumento de pobres no Algarve.
Pessoas que já viveram sem problemas monetários e que por causa do desemprego, excessivo endividamento ou outro problema deixaram de assumir os compromissos económicos, nomeadamente o pagamento de casa e carro.
A Caritas do Algarve avisa que vai redobrar a atenção "para novos casos de pobreza" ou "agravamento de situações precárias".
"Temos de reforçar o nosso trabalho nas ajudas que estamos a dar, nomeadamente na ajuda medicamentosa, comida ou pagamento de casa, água e luz", considerou Carlos Oliveira, consciente da necessidade de se criar um plano para enfrentar a crise alimentar mundial.
A instituição Caritas identificou no Algarve, nos últimos anos, 1.500 famílias a necessitar de ajuda, ou seja entre "três mil a quatro mil pessoas pobres" e precisam de apoio alimentar, ou ajuda medicamentosa, ou ajuda para pagar a casa, luz e água, observou aquele responsável.
Apesar do Algarve ser considerada uma região rica, muito devido ao turismo, as cidades do litoral, a par do cada vez mais desértico barrocal algarvio onde vivem idosos isolados, são as zonas onde há registo de mais pobres.
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"O espectro da fome paira assim sobre a cabeça dos mais necessitados, incluindo de muitos portugueses", com "muita gente a viver abaixo do limiar de pobreza e com esquemas de apoio social muito deficientes", referiu a Caritas Portuguesa.
Os portugueses devem ser alertados para a sua "responsabilidade na luta contra o desperdício de produtos energéticos e de bens alimentares" e as autoridades e organizações não governamentais devem aumentar a sua atenção aos casos problemáticos. (...)
A Pobreza existe apenas em países distantes, está mais perto do que julgas.